Enurese noturna: entenda o que pode estar por trás do ‘xixi na cama’!
Enurese noturna é uma doença que provoca a perda involuntária de urina durante o sono. Ocorre em crianças com idade igual ou superior a 5 anos e é mais comum entre os meninos.
Essa condição acomete cerca de 15% das crianças por volta dos cinco anos; 7%, aos dez e 3% aos 12 anos. Sob certas circunstâncias, em casos mais raros, pode atingir até mesmo adolescentes e adultos.
O que pode causar enurese noturna?
Os rins são os órgãos responsáveis por produzir a urina, que é transportada pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada. Quando a bexiga está cheia, uma mensagem é enviada ao cérebro para que ele possa despertar o desejo de urinar.
Quando há alguma falha ou distúrbio em alguma etapa desse processo, surge a enurese. Entre as causas mais comuns, podemos destacar:
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Atraso na maturação neurológica, que é responsável pelo controle dos esfíncteres, uma estrutura muscular que abre e fecha para fazer o controle da passagem da urina e outras substâncias;
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Baixa concentração de hormônio antidiurético, o que faz com que a produção de urina seja muito superior à capacidade de armazená-la;
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Sono muito profundo, capaz de atrapalhar a capacidade de responder à bexiga cheia;
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Bexiga muito reativa, que se contrai e expulsa a urina mesmo em pequenas quantidades;
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Hereditariedade: alta probabilidade de desenvolver a condição se um dos pais também tiver apresentado durante a infância.
A enurese noturna pode ser classificada como primária, quando a criança nunca apresentou controle da bexiga por um período de pelo menos 6 meses, ou secundária, quando quando já apresentou controle noturno por ao menos 6 meses consecutivos e voltou a perder urina à noite. Neste segundo caso, pode estar associada a estresse.
Diagnóstico e tratamento
A eliminação de urina durante a noite é o principal e, por vezes, também o único sintoma da enurese noturna. Entretanto, em alguns casos, também é possível perceber alguns sinais diurnos, como urgência para ir ao banheiro, escape de urina, aumento ou diminuição da frequência de micções ou alterações do jato urinário.
Por muito tempo, acreditou-se que a origem sempre seria de ordem psicológica. Hoje sabemos que as causas também podem ser biológicas, e que alguns distúrbios psicológicos podem ser resultado do desenvolvimento da enurese, como ansiedade, comportamento retraído, sentimento de culpa e diminuição da autoestima.
Para o diagnóstico, considera-se o histórico do paciente, antecedentes familiares e exames clínicos e laboratoriais que auxiliam na identificação da causa e de outras possíveis doenças que podem estar associadas à condição, como diabetes e apneia obstrutiva do sono.
O tratamento varia de acordo com a causa. Entre as orientações gerais, vale destacar o apoio psicológico, o consumo de mais líquidos durante o dia para evitar a sede durante a noite e recomenda-se evitar que alimentos ricos em sódio e cafeína (como refrigerantes) sejam ingeridos no jantar.
Em grande parte dos casos, a enurese se cura espontaneamente, mas o acompanhamento de um especialista é muito importante para garantir que ela não seja sinal de algo mais grave.
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