O que o sono, ou a falta dele, pode fazer com nosso cérebro?

Publicado em 11/02/25
O que o sono, ou a falta dele, pode fazer com nosso cérebro?

Desde 2012, o sono de qualidade passou a integrar a lista oficial dos hábitos essenciais para a saúde, ao lado da alimentação equilibrada e da prática de atividades físicas. Dormir bem, entre sete e nove horas por noite, sem interrupções, é uma recomendação médica fundamental para o bom funcionamento do organismo. E entre os órgãos mais afetados pela qualidade do sono está o cérebro, responsável por funções vitais como a memória, cognição e regulação emocional.

O professor de Neurologia e Medicina do Sono da Universidade de São Paulo (USP), Álan Eckeli, publicou uma pesquisa demonstrando que, durante o sono, o cérebro elimina substâncias tóxicas que prejudicam seu funcionamento. Um exemplo é a beta-amiloide, uma proteína associada ao Alzheimer, que é removida enquanto dormimos. Esse processo de limpeza cerebral também ajuda no tratamento de sequelas causadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras lesões neurológicas, reforçando a importância de um sono reparador para a saúde mental e neurológica.

Além de preservar as funções cognitivas, dormir bem tem impacto direto no metabolismo, regulando a utilização e o armazenamento de gordura, bem como os níveis de açúcar e colesterol no sangue. A privação do sono pode levar a problemas metabólicos, aumento do risco de doenças cardiovasculares e até mesmo contribuir para o ganho de peso. Por isso, não é por acaso que passamos um terço da vida dormindo. O sono vai muito além do descanso, ele é essencial para o equilíbrio da saúde física e mental.

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