Quatro motivos para reduzir o tempo de tela do seu filho ou sua filha
Está cada vez mais difícil isentar completamente as crianças da exposição a telas. No contexto tecnológico em que estamos inseridos, é praticamente utópico estabelecer uma meta de zero telas depois dos dois anos de idade. Impor limites ao uso, no entanto, é indispensável. E listamos quatro efeitos negativos do uso de telas na infância para estimular ainda mais este cuidado:
- Problemas físicos: o uso excessivo pode provocar sobrepeso (podendo chegar a obesidade), má postura (que pode desencadear outros problemas como dores, cifose postural, hiperlordose), além de desenvolver um estilo de vida sedentário.
- Desenvolvimento prejudicado: atrasos cognitivos, dificuldades de relacionamentos, problemas emocionais (como ansiedade, nervosismo, impulsividade), dificuldade na aprendizagem escolar, atraso na fala, dentre outros.
- Comprometimento do sono: estudos comprovaram que a exposição à luz azul altera os padrões do sono impedindo o descanso necessário durante a noite, provoca insônia e até terror noturno.
- Problemas de visão: o tempo prolongado em frente a telas pode contribuir para o desenvolvimento de problemas oculares, como fadiga ocular e miopia.
Toda tela é igualmente ruim?
As telas não são todas iguais e existem níveis de comprometimento em cada exposição. É importante reforçar que antes dos dois anos de idade a recomendação é para evitar 100% o uso de telas. A partir dos dois anos, é preciso limitar o tempo (1 hora por dia até os seis anos de idade e 2 horas depois dos seis).
Agora, é possível também estabelecer um uso menos prejudicial para as crianças. E o primeiro passo é ter total controle sobre o conteúdo assistido. Existem desenhos educativos, interativos, jogos estimulantes, brincadeiras disponíveis (como pinturas, exercícios de coordenação motora com músicas, entre outras). É preciso selecionar o que a criança irá consumir por meio das telas.
Para desenhos, o uso da televisão permite estabelecer uma distância maior entre a criança e a tela, além de maior conforto ao assistir. O volume também deve ser controlado.
A observação da criança é fundamental. Alguns desenhos, por mais que o conteúdo seja educativo, podem agitar a criança, causar irritação ou nervosismo. Este comportamento deve ser analisado para a seleção das opções mais viáveis para sua família.
É recomendado ainda que o uso de telas seja direcionado a momentos de ajuda aos cuidadores. Muitas vezes é necessário este tempo para o preparo de uma refeição ou algo neste sentido.
E não se esqueça: as brincadeiras proporcionadas pelas telas jamais substituirão brincadeiras ao ar livre, com interação entre os pais, irmãos ou até mesmo sozinhas, exercitando a criatividade.
Para mais informações sobre o assunto ou dúvidas sobre comprometimento infantil, agende uma consulta on-line com o neuropediatra do Dr Mais.
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