Tempo de fala: exercício da paciência no desenvolvimento da comunicação

O tempo das crianças é diferente do nosso. Ouvimos muito isso, mas será que respeitamos?
Umas das principais agonias dos pais é com o desenvolvimento da fala. Não está demorando demais? Quando buscar ajuda? Até que ponto é normal?
Todas as dúvidas e preocupações são extremamente relevantes, mas vamos focar hoje em um processo simples, natural, que exige paciência e respeito com o tempo de fala da criança.
Muitas vezes, a ansiedade dos pais, cuidadores ou outros responsáveis atrapalha o desenvolvimento da comunicação infantil.
Perguntamos e não esperamos o tempo da criança para elaborar a resposta.
Imagine um bebê de dois anos sendo questionado sobre algo que ele quer responder, que precisa de um tempo para assimilar a pergunta e formular uma forma de resposta, e não tem este tempo suficiente para isso.
- Qual brinquedo você quer? Este ursinho? Aqui está o ursinho.
Por que não dar uma pausa? Esperar até que a criança responda de alguma maneira.
A pressão inconsciente feita nestes momentos prejudica o desenvolvimento da fala. E pode acarretar problemas futuros como a gagueira, por exemplo (leia aqui).
Por isso, o exercício proposto pelo Dr + hoje é o do respeito ao tempo de fala da criança. O exercício da pausa, da paciência.
Compreendendo e levando em consideração um processo de formação complexo, um ritmo que é diferente do nosso.
Vale ressaltar: se você percebe ou desconfia de algum atraso de desenvolvimento, agende uma consulta on-line com nosso neuropediatra para uma avaliação detalhada do caso e encaminhamentos adequados.
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