Puberdade precoce pode estar relacionada a hábitos alimentares
Pesquisa realizada no Hospital Infantil Bambino Gesù, em Roma, mostrou a relação direta entre hábitos alimentares ruins, falta de atividades físicas, excesso de exposição das crianças a telas ao surgimento da puberdade precoce.
A alteração hormonal foi observada após a pandemia de covid-19. Com o isolamento social, o estilo de vida infantil foi alterado e o número de crianças na puberdade antes dos oito anos mais que dobrou.
Um dos principais sintomas mencionados pelos pais de meninas foi a menstruação precoce. O fenômeno preocupa por estar associado a problemas físicos e mentais, como depressão, ansiedade e uso de substâncias tóxicas no futuro. Além disso, aumenta o risco de menopausa precoce em até 80%.
Outra consequência da puberdade precoce, em meninos e meninas, é a interferência no crescimento. A antecipação do processo pode causar uma interrupção também antecipada, fazendo com que esta criança seja um adulto de baixa estatura.
Não existe ainda conclusão científica que defina alimentos ou atividades específicas que desencadeiam problemas hormonais. Já está comprovada, porém, a maior incidência de casos entre crianças com obesidade, que consumem maior quantidade de alimentos ultraprocessados e com concentração de pesticidas.
A puberdade precoce atinge 20 vezes mais meninas do que meninos. O médico deve ser procurado diante de qualquer sinal do problema para avaliação das causas e tratamento adequado.
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