O que é frenectomia lingual e quando é necessária?
A frenectomia, também conhecida como frenotomia, é um procedimento cirúrgico utilizado para corrigir os freios (ou frênulos) linguais, que são membranas que ligam a língua ao assoalho da boca.
Os freios labiais limitam a movimentação dos lábios, podem interferir na mímica facial e na produção dos sons da fala, além de outras funções relacionadas às gengivas e dentes. Quando há alguma irregularidade em seu tamanho, pode causar a anquiloglossia, conhecida popularmente como “língua presa”, distúrbio que pode prejudicar a amamentação, mastigação, deglutição e fala.
É por isso que a Lei Nº 13.002/2014 tornou obrigatório o “Teste da Linguinha”, que avalia as membranas e verifica a necessidade de realizar a correção por frenectomia.
O que pode causar a má-formação dos freios?
Durante o processo de formação do bebê, enquanto ele ainda está no ventre da mãe, a língua se desenvolve grudada à mandíbula. Conforme a gestação avança, ela começa a se desgrudar da região até se tornar totalmente livre.
Entretanto, em alguns casos, esse processo de separação não se completa, e sobram algumas fibras que impedem a movimentação adequada. A língua é um dos órgãos mais fortes do corpo e irregularidades em sua formação podem afetar negativamente o desenvolvimento muscular.
Essa má-formação não causa dor ou desconforto nos bebês, mas pode interferir na amamentação e se tornar um ponto de partida para problemas mais sérios posteriormente.
Como a frenectomia é feita?
Apesar de ser um procedimento cirúrgico, a frenectomia é simples, rápida e segura. Com a utilização de um bisturi, tesoura ou laser de CO2, o especialista pode remover a fibra do freio que está impedindo a livre movimentação da língua. Os métodos tendem a ser os menos invasivos possíveis para que a criança consiga se adaptar rapidamente à mudança.
A recuperação também é rápida. Em grande parte dos casos, com o acompanhamento médico adequado, a adaptação para aleitamento já pode começar logo após a finalização do procedimento.
A recomendação é de que ela seja realizada ainda nos primeiros meses de vida da criança, já que em idades mais avançadas a anestesia pode ser necessária e a recuperação pode ser mais lenta.
Além do pediatra e do odontologista, o acompanhamento de um fonoaudiólogo também pode fazer toda a diferença para uma boa adaptação após a realização da frenectomia.
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