Seis sinais de que você está em um relacionamento tóxico
“Fui entristecendo aos poucos, me fechando. Ao mesmo tempo, desenvolvi uma compulsão alimentar, que afetou minha saúde física. Demorei entender que tudo era consequência de um relacionamento tóxico”, é o relato de G.P., de 32 anos, que viveu por três deles em um casamento abusivo.
As agressões, inicialmente, eram sutis. “Ele sempre fazia alguma crítica, mesmo que em tom de brincadeira. Falava sobre meu peso, minhas roupas, brincava até com meu desempenho profissional. Eu me sentia diminuída, como se não fosse boa o bastante pra ele. Mas também não conseguia reagir, como falava com piadinhas parecia melindre da minha parte”, conta.
Durante o casamento, G.P. ganhou 25 quilos, desenvolveu uma gastrite e teve uma trombose cerebral que a levou para uma internação hospitalar de 28 dias. “Foi quando eu me dei conta de que precisava buscar ajuda não só para tratar minhas doenças físicas, mas as psicológicas também. Já era uma questão de sobrevivência. A terapia me fez enxergar o relacionamento abusivo e me ajudou a sair dele”, explica.
Como G.P., milhares de vítimas adocem aos poucos dentro de relações tóxicas. As consequências são inúmeras, impossíveis de serem dimensionadas. E o primeiro passo para lidar com o problema é identifica-lo. Por isso, separamos alguns sinais que servem como alerta para procurar ajuda:
1) Ciúme/desconfiança excessiva: principalmente quando esse comportamento é provocado pela falta de honestidade da própria pessoa ciumenta. É muito comum que exista uma necessidade de controle do outro, quando a pessoa tem atitudes que descumprem os acordos do relacionamento. Por exemplo: se a pessoa tem conversas inapropriadas com certos amigos, costuma monitorar as conversas do parceiro.
2) Controle financeiro: quando uma das partes controla a vida financeira da outra, desconsidera sua vontade diante de grandes compras ou gastos. Também há casos em que se cria uma rotina de pedidos para aquisição de qualquer coisa, inclusive itens básicos como alimentação.
3) Críticas excessivas: mesmo que em tom de brincadeira, as críticas faz com que a vítima sinta diminuída, fragilizada.
4) Medo de conversar sobre questões importantes do relacionamento: é como pisar em ovos o tempo todo, a vítima tem receio de expor suas opiniões, desejos, pois sempre acaba em brica, por vezes, violentas.
5) Afastamento da família e amigos: o abusador não consegue manter bons relacionamentos com amigos e familiares, sempre reclama das pessoas com objetivo de isolar o parceiro (a).
6) Arrependimento aparente e promessa de que vai melhorar: o relacionamento abusivo cria um ciclo vicioso. Quando a vítima está saturada, disposta a colocar um fim na relação, o abusador demonstra arrependimento e promete que irá melhorar. A mudança de comportamento costuma durar pouco tempo.
Se você vive situações semelhantes a essa, procure ajuda. Agende uma sessão com psicólogo, psiquiatra. Saiba identificar a situação para solucioná-la.
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